Ganância
Nada tenho, tudo almejo
--Triste amor de uma alma morta,
Vã ambição que alenta o desejo
Que alimenta a minha aorta.
São iguais praga os meus ensejos,
Todos que tenho à minha volta:
Fome insana, cresce em lampejos
Tal qual um raio que no céu brota
Nasce, adulta, mas nunca morre
Essa ânsia que me percorre,
Fria, pérfida e inacabada
Ah! Se eu encontrasse um gênio,
Pediria o fim desse vazio
__________________mais nada.