Sede de Viver

O sol resseca a terra esbranquiçada

Onde carcaças mostram o caminho

Da jornada diária dos bovinos

Na busca pela preciosa água.

A secura dá-lhes uma laçada

Na resistência do corpo faminto

Quando, da vida no sertão partindo,

Solta sua última baforada.

Uma nuvem no céu aparece solta,

Mas passa veloz como um avião.

Ela alegraria aquela lavoura.

Por dentro das rachaduras do chão

Ainda há esperança por uma gota.

Sabem que essa espera não será em vão.

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 13/10/2017
Código do texto: T6141875
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