Da Canalhice

Enquanto a raiva lacera meu peito

E a canalhice impera soberana,

Alguns seres, na busca pela fama,

Parecem não se importar com o feio.

Em nome do seu onipotente feito

E em louvor da vossa sagrada grana,

Abusam dessa imunidade insana

Na perversão do que há de mais perfeito.

Chegou o tempo que me inflamo por dentro.

Mesmo com a ronda do dever ser,

Um dia isso vai embora com o vento.

Há diversidade para escolher,

Mas não na hora do vosso julgamento.

Foi a isso que escolhestes obedecer?

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 13/10/2017
Código do texto: T6140939
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