Caixa de pandora

Sentia o postergar do quando,

O poder do remancho,

Em mim como torpe gancho

Desnorteado, percebi o marasmo extrapolando.

Morto enquanto vivo,

A fadiga caprichada me iludia,

Começava a ode de uma pobre euforia,

De pensar que sou alegre, e que da tristeza me esquivo.

Mas não sou ninguém, ora,

Para ter certeza de tudo, do quanto,

Então perdi-me no tempo, pois me esqueci do agora,

E nessa fissura de querer tanto ser tanto,

Acabei por abrir uma caixa pandora,

O terrível liberto, e indignado, lamento pelo mal estar despertando.

Magé, 02/10/2017 às 23:50