SONETO AO LUAR

Bato em tua porta, eu sou o amor,

A mando vim da Deusa Afrodita.

E ao teu colo eu sou um sonhador:

Alguém que em um milagre acredita...

E tu és a estrela no infinito,

E ainda és a flor ao descampado,

E és o ruminar no outeiro, o gado

Nas luzes de um luar no infinito...

A em noites de poetas, és o fado

À ribanceira, a luz no precipício...

O campo, o arrebol, o lírio, o mato...

E a voz de um Aedo, és a poesia,

E brincas com um olhar por sobre as matas,

E fazes no sertão nossa alegria...

Geraldo Altoé

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/09/2017
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