Foste o primeiro
Posto no acalento do travesseiro.
Escuto-te o pulsar do coração.
Nesta alcova tu foste o primeiro
A me usurpar a mísera razão.
E, sob a fraca luz do candeeiro
Dançam os corpos em devassidão
E se fosse o sussurro derradeiro
Corpos e almas em leito da união.
Com meu corpo no teu corpo latente
Ecoando o teu nome por fragmentos
Ao tocar-te a pele em flama ardente.
E neste enlace por pensamentos.
Lúbrica a ti consumir vorazmente.
Corpos na simetria dos sentimentos.