Vida e morte

Soneto-acróstico

T em muita gente que se vê como imortal
O que, no fundo, é uma grande besteira
D epois desta existência terrena afinal
A posta-se numa vida mais “verdadeira”

V amos com muita calma nesta hora então
I nvestir em vida eterna, mera bobagem
D eixemos tal coisa para a religião
A final ela cuida da última viagem.

T oda e qualquer vida vai findar certo dia
E ntendamos que para sempre será assim
M orre mesmo quem falecer jamais queria.

F alece o homem bondoso, como o ruim
I ndiferente se só ou em companhia
M orre-se, porquanto, toda vida tem fim.


Interação do Trovador das Alterosas, poeta eminente das Minas Gerais, que se projetou pelo país e pelo mundo:

DONA MORTE BEM BOA.

D - Dona morte vive me espreitando
O - Ontem mesmo vi coisa ficar russa,
N - No instante que ela já me levando
A - Ataquei e lhe meti as mãos na fuça.

M - Mas depois acabei até me arrependendo,
O - Olhando ela chorar na maior ladainha.
R - Resignada, soluça e vai dizendo,
T - Tinha que me bater? É visitinha.

B - Bati na guria de vestido preto
E - Era bela, magra como esqueleto,
M - Malvadeza fiz com a pobre bambina...

B - Burraldo Trovador tão obsoleto
O - Orgulhoso por bater num soneto,
A - Atacando a indefesa menina.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 13/09/2017
Reeditado em 15/09/2017
Código do texto: T6112696
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