MEMÓRIAS OFUSCADAS
Memórias como os sopros na janela
São fragmentos do meu inocente amor
Que encontrei sob as pétalas da flor,
Escolhi entre tantas... somente ela!
Aqueles lábios na face em rubor,
Me deram incontáveis caravelas
Onde naveguei sobre as ondas belas
Formadas num sorriso encantador!
Ainda sob lentes, nela o olhar existe.
Se o mal a natureza lhe fizera,
Eu não pude sentir, quando, triste,
Estive em outro mundo, em outra era;
Tudo ficou distante e assim persiste:
Saudade que não lembro, já não espera!