CHUVA FRIA QUE CAI

Chuva fina e fria que cai
parece início de inverno, não final.
Desce preguiçosa, quase poeira, ao chão
nem molha, nem escorre, nem se vai...

Mas entra na alma e esfria,
enrijecendo nosso corpo, em sinal
que existe, e que vai permanecer
caindo devagar, parecendo versos de canção...

Ah, chuva minha, tu trazes nostalgia!
Mas trazes também aconhego ao peito
... faz-me lembrar de quem tanto amei.

De quando nos aninhávamos ao entardecer
para eu ver a chuva cair desse jeito
até adormecer nos teus braços, meu rei...

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E o meu querido POETA CARIOCA, me presenteando com essa linda interação a embelezar minha página:

CHUVA DE POESIA

... E infra estou a banhar-me nos teus versos...
Ó suavidade plena a me molhar,
Inebriando a fronte em meu olhar,
Na chuva fina que estou tão submerso!

... Chove em mim! Chove em nós! Seja em saudade
Ou que seja na dor do seu momento
Convertido na forma e movimento
Que os ventos trazem e levam em verdade!

Vamos, vamos, poetisa do céu nosso!
Vamos fazer literatura fina,
Pois essa chuva do seu dedo anima

O espaço recantista, assim endosso.
Com sua arte inigual que se refina,
Mergulho, assim, o olhar... adeus rotina!