O Deus da decrepitude

Tornaram se os cordéis da pulcritude

Em notas de louvor a violência

Prelúdio de um show de sanguinolência

Em honra ao deus da decrepitude

Naquela cova em sepulcral quietude

Em sua penosa mórbida decadência

Tal um cadáver posto em sonolência

A margem da profana vicissitude

E posto estava a mesa o alimento

E se embebedaram no vinho sangrento

Na macabra coroação do teu império

E o mundo flagelado pela escoria

Há de amargar em vida merencória

E almejar a paz de um cemitério

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 06/08/2017
Código do texto: T6075969
Classificação de conteúdo: seguro