O caixão do mundo

Quero cantar ao mundo doces versos

Falar sobre as virtudes do amor

Fazer de um lampejo, um resplendor

Do que já não reflete o meu universo

E ocultar na alma o meu anverso

A primavera d'um amargo dissabor

E ser pra este mundo um redentor

Somente eu a margem dos perversos

E ignorar as feridas de minh'alma

Insistindo na cristalização da calma

E lançar ao mundo o agrado da ilusão

Pois vale sustentar esse mistério

Do que ofertar ao mundo um cemitério...

...e pôr a todos dentro de um caixão

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 04/08/2017
Reeditado em 24/06/2019
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