Soneto Insone

Poesia, por favor, deixe-me dormir

São duas horas e eu ainda aqui

Colada a esses versos que me povoam

O pensamento e essas frases que voam

É lógico que todos querem o sonho

Mente e corpo unidos em abandono

Contudo em poucas horas o dia raia

A labuta não permite a rede e a praia

Quisera entregar-me ao seu regaço

Aconchegar-me e aceitar seu abraço

Vem pé ante pé sem som ou alarde

Mas agora preciso estar com Morfeu

Cabisbaixa, triste, o sono se perdeu

Pois sua presença é minha felicidade.