EPITÁFIO

Quisera ser feliz; se lamentava!

Bem quis, a sua vida, oferecer...

Mas nada resistiu, não pôde crer;

Noitada de orgias ostentava.

Agora, a sua vida sepultava!

Nada mais servia, a seu bel-prazer...

Das farras, resta agora esquecer,

A boemia que a noite encantava.

Na lápide, a queixa a se notar,

Dizia da vida plena de aventura;

- No epitáfio uma história a lamentar -

“Aqui jaz a mais tola criatura,

Não viveu; posto que não soube amar.

Ruminará toda a sua amargura”!

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Interação do grande POETA CARIOCA. Grata!

CINZAS VIDAS CINZAS

Em nome dos catorze versos teus,

Trago aqui pó dos ossos do meu ser,

Tenho a morte na terra anoitecer

E os dias embaçados longe em breus!

Fragilizadamente a padecer

Na materialidade o Grande Deus,

A espúria rebeldia dos ateus

É, simplesmente, mágoa e adormecer!

Congela assim remorsos nas imagens,

Máximas dessangradas das coragens

Disseminam mortíferas no templo!

Isto posto, confirmo que esta casa

Aguarda choros tantos de outra casa

E o que ficam são tumbas pelo tempo!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 20/07/2017
Reeditado em 21/07/2017
Código do texto: T6059697
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