MEUS SONHOS

(44) MEUS SONHOS

Poupem suas velas agora, Já não amarga o veneno do meu fim,

Figuras na parede em movimento... É o filme do nosso passado,

A lua cheia suspensa em névoa... Meus sonhos nunca terão fim,

Quero ver-te claramente, chegue mais perto, aqui ao meu lado.

Roupas brancas em linho, seu vestido ainda pendurado,

Luz puxada na soleira e sombras por onde passo agora,

Procuro pelo tempo em um relógio parado,

Estes sonhos, quando durmo... Não os vejo lá fora.

Estes sonhos continuam, mesmo quando escondo-me da dor,

Há algo lá fora, creio seja você, mas só consigo te ouvir,

Cada momento acordado mais longe de ti estou...

As velas que acendo agora são as que me fazem sorrir,

Cada segundo da noite eu vivo outra vida,

Ando sem um corte sequer através de paredes de vidro,

Neste jogo, suas cartas estavam na manga, minha querida!

A mais doce das canções é o silêncio, é isso que tenho ouvido.

Nos sonhos nossos pés não tocam o chão,

Sonho que sou um príncipe mais escondo o rosto,

Seu corpo nu e seu vestido agora em minhas mãos,

Digo palavras soltas, ouço seu sorriso mais não a vejo,

Abraço somente a névoa densa e rasteira,

Sou acordado pela chama de uma vela que se chama desejo.

Adécio Lima 27/06/2018

Adécio de Sousa
Enviado por Adécio de Sousa em 13/07/2017
Reeditado em 29/07/2018
Código do texto: T6053807
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