Motivos vários têm me desviado da entrega à inspiração; para que não corra o risco de tentar oferecer-lhes algo aquém do que merecem, reedito estes versos e lhes ofereço com muito carinho e saudade.
IMPOTÊNCIA - II
(Aqui como soneto)
Descobri vereda que antevi florida,
mas sinto, sentida, me superestimei;
claudicante em atos, pós tombos e feridas,
plena de impotência me perdi, parei.
Por certo a caminhada carecia mais
do que plantar e conversar com flores.
Outros amores para ti fatais
deixaram marcas, obsessões e dores.
Lerei o tempo à margem do caminho
e tentarei, ao esperar, se me acostumo
a aceitar a ausência de carinhos.
Preciso força e fé para encontrar o rumo:
- da confiança em transmudar destinos,
- ou da certeza de que nada aprumo.
(Fotos:- Simplicidades da natureza que tanto me encantam.)