CELESTE
Ó, Celeste! És o teu lânguido sonho
Que me integra a amplitude deste véu?
Tornando-se uma apoteose alçada ao céu...
Ou serás uma ilusão o que a ti suponho?
Sinto tua repressão neste pincel
Que não define o lado mais risonho,
E nem colore a face do enfadonho;
Deixando tudo incerto, quiçá ao léu!
Mostre a cor do teu nobre sentimento
Guardado à chave no colo materno,
Não faça do meu ser o teu tormento!
Quero o além do que nos torna fraterno,
como um Empíreo - sem haver lamento -,
Fulgindo nossos sonhos pelo eterno!