HIBERNAÇÃO
 
O poeta hibernou pela tristeza
De não ter sua musa p’ra inspirá-lo
Melhor adormecer depois do abalo
Para esquecer o sonho e a incerteza....
 
Imaginava ser toda a beleza
Provinda de sua musa ao seu vassalo
E depois da sua deusa apunhalá-lo
Perdeu-se, da poesia, sua certeza...
 
Mas enganou-se o vate, pois que o verso
Ao ser desafiado e controverso
Voltou à inspiração, fez-se presente...
 
Porque a poesia é eterna
E embora se pareça que ela hiberna
Não morre, fica sempre, ali, fluente....
03/07/2017
 
Ângela Faria de Paula Lima
 
Interação ao soneto de Fernando Cunha Lima PÓ DA POESIA
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6044100