Soneto dos Olhares
E os olhares onde estão
Perdidos em labirintos
Sem respostas desde então
Tão sozinhos e famintos
Olhares que encontram a si
Num vazio do viver
O que são olhos pra ti?
Um caminho a se perder?
Olhamos pra tão distante
Horizonte então sem fim
A lua em céu já está minguante
E o que é "olhar" pra mim?
É perder, ser destoante
Ver beleza onde há fim