LEMBRANÇAS FOSCAS
A vestimenta negra destes dias
Estampa roseirais desencantados
É trágico o destino dos sonhados
Finais que acalentei quando sorrias
Mais nada que ilusões, vãs alegrias
Os meus desejos jazem fulminados
Nas águas de plangores dominados
Pelas lembranças foscas, fugidias
À sombra de infortúnios torturantes
O coração se esvai, sucumbe aos poucos
O desamor é tão duro castigo...
Enrosco-me em espinhos vergastantes
Sofrendo desse mal que aflige loucos
Em cada vil delírio estás comigo
***
Muito obrigado pela belíssima interação, minha amiga Ângela:
FUGIDIA LUZ
Sem mais sorrisos, que já desgastados,
Não mais estampam as minhas quimeras
Deixei de lado meus sonhos sonhados
E já não vivo mais as primaveras!
Já não cultivo as minhas ilusões
Desde que se apagaram os teus risos,
Tornando foscas minhas emoções
Que um dia foram delirantes guizos...
Desceram sombras desse desamor...
Meu coração sucumbe em pesadelos
Na falta de teus tão gratos desvelos...
À sombra do infortúnio e da dor
Sem ti a vida vai findando aos poucos
Fugindo a luz, em pesadelos loucos....
24/06/2017
Ângela Faria de Paula Lima