E POR FALAR EM BILAC...

E POR FALAR EM BILAC…

Hoje, so’ de quando em quando menciona-se Bilac…

O tal Olavo, que ouviu a mãe chamar « meu filho ! »

Trom de poema nos ouvidos do menino basbaque

Eco da voz inculta e bela num so' estribilho.

Bilac exalta Camões, e, modesto, nem se da’ conta

De que seus traços precisos transcendem a Trapobana.

Pluma ao feitio de arma : a força humana.

Louco de amor pelo idioma, versos pesponta.

Assinalados no soneto, ternura e saudade

Flor do Lacio à flor da pele, à flor da idade…

Doloroso oceano aflora ambiguidades.

Olavo, como domar lingua com engenho e arte ?

Com qual barco atravessar tão tenebrosa procela ?

Sonho ter poesia, no rude baluarte dela.

JPN

Toulouse, 09/06/2017

JOAO PONCIANO NETO
Enviado por JOAO PONCIANO NETO em 23/06/2017
Código do texto: T6035473
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