MEUS VERSOS, MINHA VOZ, MINHA VALIA

Meus versos, o vento no cerrado ganindo

A angústia da alma vozeando melancolia

O silêncio fraguando rimas na monotonia

Duma solidão, da saudade indo e vindo

São a trilha do fado escrevendo romaria

Desatinadas, o meu próprio eu saindo

Das palavras de ansiedade, intervindo

Com minha voz sufocada, do dia a dia

Meus versos são a migalha cá luzindo

Na sequidão do vazio que me angustia

Que há entre a quimera e o real infindo

Meus versos são colisão com a ironia

Do choro e da alegria no peito latindo

Meus versos, minha voz, minha valia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/06/2017
Reeditado em 16/03/2020
Código do texto: T6030554
Classificação de conteúdo: seguro