O POETA SAUDOSISTA



Vendo o luar de prata derramando candura
E as estrelas no céu entre as nuvens a bailar
Saudosista e tristonho o poeta divaga a sonhar
Tentando afogar sua incomoda amargura

Debruçado na janela do tempo de alma vazia
Procura no horizonte da vida os versos perdidos
De um amor passageiro que o inspirou poesia
Antídoto que o acalma o coração envelhecido


Navegando num dilúvio de lágrimas em seu barco a deriva
Náufrago sem rumo sem rota longe se vai o poeta cansado
Fazendo do nada uma lembrança viva ele sonha acordado

Na ultima vertente de o seu existir da reta final ele tenta fugir
Mas bate de frente com o tempo do inevitável ocaso tristonho
Frustrado no seu ideal ele afoga em suas cachoeiras de sonhos !



 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 10/06/2017
Reeditado em 11/06/2017
Código do texto: T6023725
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