A HORA

Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!

Morrer, como quem vai em sua glória

Despedir-se do mundo em ato mero

De repente! Na bagagem só memória

Morrer sem saber, estou sendo sincero

Rogo, por assim ser, a minha tal hora

Morrer simples, sem qualquer exagero

Onde o olhar de Deus a minha vitória

Morrer, sem precisar ser feito severo

Das estórias que fique boa história

Fulminando sem lágrimas e lero lero

Assim espero, digno desta rogatória

Morrer fruto do merecimento vero

De ser ligeiro, cerrando a trajetória

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho – Cerrado goiano

Paráfrase Augusto Frederico Schmidt

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 04/06/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6017914
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