uma pequena vida...



Ah!Em minha primavera,caem flores,
Emudece alegre canto de passarinhos,
Lágrimas d’orvalho qual pranto de Dolores...
E sofrida alma,de colibri em tosco ninho!

Agora,deveras sinto,alma querida!
Que, de um segundo,eterna duração,
É ,pois,em mim,uma pequena vida...
Faz o amor,da morte compensação.


Ao findar o tempo do vazio,a quimera...
Em ninho do colibri adormece Divindade!
E rubras flores abrem-se na Primavera...

Ao longe,suave cantiga, casa da cotovia,
Lembrava tristeza,mas era mera saudade...
E uma pequena vida,num segundo,vivia.