Um conselho talvez...
Silencioso, tendencioso e tênue
Cercado por algo a mais, vou além
Piso e não sinto, tendo algo denue
Sublime e dentro do compasso, aquém
De um lado, veste nada, do outro, tudo
Me cobrindo com seu manto, seu talento
Pasmo, congelo, fico, fixo, permaneço atento
Em sua palavra me revelo mudo
Passando de uma vez, traz a três
O seu som que permanece de vez em vez
Olhos choram, boca sorri, uma brisa de avidez
Sem nada a tocar, a olhar, sinto-te cortês
Por sua demora, vou a sua espreita, a sua altivez
Recolhendo-me em seu recanto, sussurro, talvez