Onde estás?

Onde estás que não aqui a embalar-me

Com teus cantos que aproximam-me de ti?

Onde estás que não aqui a envolver-me

Em teus abraços que confortam-me em ti?

Onde estás que não aqui a entregar-me

Teu corpo e assim unir-te a mim?

Onde estás que não aqui a amar-me

O ser de modo a possuir-te em mim?

Rogo-te que depressa venhas resgatar-me

Da tormenta do abandono que é não ter-te

E ainda assim a vida viver por te amar

Suplico-te em face deste clamor a salvar-me

Da tortura de uma vida fadada a desejar-te

E nunca para além do fato poder te encontrar