ALCUNHA DE SONETO
ALCUNHA DE SONETO
Silva Filho
Engendrei uns versinhos acanhados
Na verdade, dois quartetos e dois tercetos.
Uns versinhos inibidos, mal trajados,
Que sequer lhes dei alcunha de soneto!
Aprendi, desde cedo, com meus pais,
A subir um degrau de cada vez.
Repassar essa lição não é de mais
Aos versinhos que procuram altivez!
Nossa vida é um grande aprendizado
E somando cada passo consumado
Resolvemos uma parte d’equação!
Na sequência – mais parênteses e colchetes
Os versinhos – já na fase de cadetes
Aprenderam a buscar a perfeição!
HONROSA INTERAÇÃO DE FERNANDO CUNHA LIMA
(fcunha lima)
Em um verso engendrado e tão perfeito
Deixa o poeta a sua estesia
Em uma verve que nos delicia
No seu aprendizado o verso é feito.
Fala de escrever verso direito
Assim consegue bela poesia
E seu soneto tão logo irradia
O querer de nunca ser, ser imperfeito.
Para aplaudi-lo, é só preciso ler
Olhar sua maneira de escrever
Um modo todo cheio de carinhos.
Leitura que nos deixa satisfeito
Ao colocar quartetos e tercetos
Nestes mais perfeitos dos versinhos.