LA DIVINE PLONGÉE; ou: Mensagem de Paz e Resignação ao Amado Rebanho (Soneto Decassílabo Apascentador)

A meus leitores, águas de que me banho, inexcedido e inexcedível público olvidado da má poesia.

Labirinto de código e sinais,

Empreendo a celestial linguagem pura

Inda a passando a vós que me atentais,

Traduzo, qual Moisés, outra Escritura.

Ora mais áurea e vívida, ora mais

Rara, o mistério faz-se tessitura,

E a tessitura, enredo de Sinais,

Sinais de seda sobre a língua dura.

Como vos dar, em carne e verso, o Lume?

Ungido vate, a nu minh'alma exponho,

Zeloso, ante o martírio que ela assume.

Obro, sim. Porém vós, rebanho amado,

Eleito e santo povo a quem componho,

Sois o cinzel do busto levantado.

Péricles Ventura Neto
Enviado por Péricles Ventura Neto em 21/04/2017
Reeditado em 21/04/2017
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