CORREDOR DA NOITE I
A cinética da ferra dos olhos
é tão espiritual nos espelhos,
por onde o poder do rancor
Mora no silêncio redentor.
A rapidez da visão medida na sombra
da inveja escapa na penumbra
Longe dos trópicos e sobra
Na minha nuca cismada que dobra
Noites presságicas de tanto rebolar!
Oh! Obséquio, Obséquio, pista de tortura
me chama para o pesadelo agreste
do vento que se veste de uma peste.
Em pleno reluz do sol, o dia me interroga!
Em plena altitude lunar, a noite me exclama,
E no íngrime do dia desperto na real Viga
que atravessa a orgia do sonho e a vida!
In sonetos reais
Compilado por Kalvino Matsolo
18 de Abril de 2017 at 10:10 AM