Requiem aeternam
Que faço eu do meu amor?
Se o coloco num túmulo de emoção
que flor há de nascer no sepulcro do coração,
onde por teu desprezo resta apenas dor?
Outrora tranquei minh'alma
e nada abriguei senão a ti, amado!
Deitei-me extasiada sobre teu peito calado
e contemplei a paz quem em mim não mais cintila calma.
Reunirei o horror dos meus olhos tristonhos
e atirarei ao mar com seus gritos enfadonhos.
Ó ondas amargas, levem-me neste balanço melancólico!
Desistindo, entrego-me à tua perda eterna,
fujo a um lugar ermo e um tanto bucólico.
Cessam os frêmitos dando adeus à vida serena!