Requiem aeternam

Que faço eu do meu amor?

Se o coloco num túmulo de emoção

que flor há de nascer no sepulcro do coração,

onde por teu desprezo resta apenas dor?

Outrora tranquei minh'alma

e nada abriguei senão a ti, amado!

Deitei-me extasiada sobre teu peito calado

e contemplei a paz quem em mim não mais cintila calma.

Reunirei o horror dos meus olhos tristonhos

e atirarei ao mar com seus gritos enfadonhos.

Ó ondas amargas, levem-me neste balanço melancólico!

Desistindo, entrego-me à tua perda eterna,

fujo a um lugar ermo e um tanto bucólico.

Cessam os frêmitos dando adeus à vida serena!

Branca Bey
Enviado por Branca Bey em 17/04/2017
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