VELHO CHICO

Velho Chico, o maior rio nacional

És dádiva dos céus, presente divino;

Eu percorria tuas margens quando menino

Sonhando sempre ser como tu: Imortal!

És único, ah! E não há nada igual

Que se compare ao teu brilho matutino;

A fertilidade do solo agrestino

Deve-se à tua bondade abissal.

Alegria dos meus tempos d'outrora

Eu brincava no teu leito d'amplidão

Hoje distante, minh'alma chora.

O meu Nordeste a ti deve devoção:

Bondoso, corres agreste vida afora,

Silencioso, levas vida ao sertão!