O pecado velado

"O pecado da carne, mortal, finalmente."

Num intento tardio, bela perdição.

Quisera sapeca abalar-te a mente,

Tua liberdade, uma ilusão!

Na tua língua afoita calei d'ardor

Na minha sem graça, burlartes o amor

Talvez fruto-morte, fonte d'outra dor

Quem sabe quimera,sem nenhum pudor.

Não sei nesse tanto, o quanto que encanto

Só sei do arrepio que sobe ao ventre

E no peito aberto refaço meu manto.

D'auroras a fio, trouxe-me o pecado

E eu desconfio que em mim tu adentres

Nem que finde o meu-teu pecado velado.

Gisely Poetry
Enviado por Gisely Poetry em 19/03/2017
Código do texto: T5945869
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.