Soberbas criaturas

Ninguém tá nem aí pro seu vizinho;

Ninguém mais quer saber do semelhante;

Nem mesmo enxerga a dor em algum semblante;

Ou em outro coração qualquer espinho.

Ninguém enxerga mais lá adiante,

Alguém chorando pelo seu caminho;

Nem vê o quanto a falta de carinho,

Só torna a vida mais desconcertante.

Filantropia ou solidariedade,

Deixaram de existir na humanidade.

Ninguém se importa mais com mais ninguém!

Assim, na sua vida miserável,

O ser se torna um ser abominável,

Com sua indiferença e seu desdém.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 02/03/2017
Código do texto: T5928210
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