FRUTO OCULTO

Comeras da carne crua

e hás de saboreia-la tanto,

que ao faltar-lhe, o pranto,

ocultaras tua beleza nua.

Ainda que a queiras só sua,

coberta de beleza e encanto,

sempre hás de tê-la com espanto,

por saber que a vida continua!...

No riso falso da boca indefinida.

Na palavra doce, porém fingida,

de sua voz sonora e calma!...

Antes não houvesses provado,

do sabor no fruto ocultado,

que nos dá fim a alma.

Nova Serrana (MG), 27 de dezembro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 23/02/2017
Código do texto: T5921588
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