Sobressai dor madura

Sobressai dor madura o galopar noturno

Ao piar cravo negro pro abraçar sombrio

Alvorada, enluarando ébrio traje frio

Os teus castos remorsos, corvos a Netuno.

Os maus e eternos pios, noite inteiros sobram

Sujando a lua cheia, senão de acordar

A nota só de abandono, que não se basta

Um aflito suor no sangue amante afoga.

A volta trunca ao grão, jovem corcel que benze

Banhado na chave mestra que o cravo vê

Contestando um chacal de compaixão defunta.

Abre o eco pro vão do necrotério áureo

Liberta o pigmento que alivia etéreo

Relincha o teu murmúrio em nódoas claves junto.