Soneto ao Amor
O céu, enfim, puxa seu manto
E cobre-se em noite estrelada.
Enquanto penso em minha estrada
Que traz em si de tudo um tanto.
Tem tanto riso quanto pranto.
Mas onde, em meu peito, era nada
Agora é luz de minha amada
Onde me encontro, onde me encanto.
Qual estrela furando o breu
Ou sol que finda a escuridão,
Chega o futuro pelo ar.
Nesse caminho que é só meu,
Já não vivo, nem morro em vão:
Espera de amor é amar.