O último adeus
O homem indolente e execrável
Causa-me um asco colossal!
E cada minuto reentrante em minha mente bestial
Faz crescer a moléstia no cerne desta miserável.
Mas que coração há no covil de rato
- muitos chamam de mundo
este barril cheio de nada e imundo -
Que se compadeça do teu câncer ingrato?
Com um sorriso derradeiro na catacumba
Despeço-me da vida infecunda.
Minh'alma cadavérica de sonhos
Desprende-se deste orbe putrefato.
Meus olhos chacinados e enfadonhos
Dão o último adeus ao verme caricato!