Minha descrença esqueceu no passado
murmúrios que inda trago na lembrança:
rumor de rezas que não mais alcança
este meu coração velho e cansado.

São seis da tarde, hora da Ave Maria
e um rouco carrilhão ressoa ao longe,
mas o hábito já não faz o monge
e nem eu creio em Deus como antes cria.


Mentira! digo. Para ser honesto
jamais acreditei em um sermão,
não creio na palavra e sim no gesto,

e o que o pastor chama religião
não vale para mim. Sei que não presto,
mas não a ponto de ser charlatão.
luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 30/01/2017
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