Belvedere implodida
Sair de Belvedere – o falso paraíso –
onde houve a infância e a vida adulta,
trazendo na lembrança nenhum esquecimento
foi como atravessar parede de ruína,
sob chuva de pedra e irrefletidas luzes,
até que no espelho surgisse imagem
de quem era sujeito a não ser ninguém
não só para si mesmo, também para os outros.
Erro exigir da vida que seja dadivosa
em tempo esvaído de felicidade,
ainda que o lugar não fosse o escolhido,
quando era tenra a idade, sempre irresgatável
como qualquer criança dada por sumida
já a um largo tempo, mais largo que oceano.
Sair de Belvedere – o falso paraíso –
onde houve a infância e a vida adulta,
trazendo na lembrança nenhum esquecimento
foi como atravessar parede de ruína,
sob chuva de pedra e irrefletidas luzes,
até que no espelho surgisse imagem
de quem era sujeito a não ser ninguém
não só para si mesmo, também para os outros.
Erro exigir da vida que seja dadivosa
em tempo esvaído de felicidade,
ainda que o lugar não fosse o escolhido,
quando era tenra a idade, sempre irresgatável
como qualquer criança dada por sumida
já a um largo tempo, mais largo que oceano.