Triste realidade

Quanta gente morrendo de fome!

Quanta gente faminta no mundo!

Nada tem, nada bebe, nem come,

No seu prato sem borda e sem fundo.

Tanto Ser sem guarida, sem nome;

Miserável, infeliz, moribundo!

Quanto verme no extremo abdome;

Quanto lixo no chão nauseabundo...

Quanta gente, meu Deus, quanta gente,

Que não tem uma simples bolacha,

Pra matar sua fome inclemente.

Criancinhas andando descalças,

De mãos dadas com a morte iminente,

Abraçadas com a própria desgraça!

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 08/12/2016
Código do texto: T5847537
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