COMO UM BEIJA-FLOR
Há luz no fim do túnel, acredite.
Ouvi aquela voz que me mexeu
E veio assim em forma de convite
Tocando bem no fundo do meu eu.
Jamais tivera tido tal palpite
Vivia no ostracismo, escuro breu,
Mas eis que de repente, no limite...
Ah, misteriosamente reacendeu!
Acordei como nasce a borboleta
Ganha asas, lindas cores, quer voar,
Com a graça e a beleza de ninfeta.
E como a um beija-flor pairei no ar
As cores já não eram violetas
E o verbo agora era o verbo amar.
* Grato, belíssima interação:
SE FAÇA A LUZ
Essa luz que eu procuro,
só tu tens, me crê, eu juro,
o mundo inda não percebeu.
Eu que vivo em pleno breu,
tolhido entre cercas e muros,
nada enxergo neste escuro.
Vem, pois, dar-me a liberdade.
Preciso de claridade.
(HLuna)