VIOLA CAIPIRA (soneto)

Noite ressequida, ao longe, viola caipira

cantiga de sofrença era ouvida, batida

cantada dentro da tristura, pura embira

que contagia, é dor, amor de despedida

Quem longe está, aproxima, o som pira

na alma calam sensações desmedida

nas emoções, melodia de toda uma vida

chora viola! Chora na escuridade sofrida

Trova o chão do cerrado, pura beleza

razão no sonho sonhado e, "xonado"

retinindo fragilidades de leve leveza

Viola caipira, tem quimera no planger

convida o coração a estar apaixonado

e na paixão, vara até o amanhecer...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2016, novembro - Cerrado goiano

Canal do YouTube:

https://youtu.be/gqXZw4gMoGM

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/11/2016
Reeditado em 18/11/2023
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