Imperfeição

És todo infame, bom rapaz, boa mulher

no cânion vermelho os milhões de desejos

não retires de ti o mais lindo talher

desces ao teu centro nunca deixes de ver.

Santidade imbuída, pobre vivente,

insana, profana, nenhuma há de ser

da terra, pó degradante envolvente,

mau de língua, são, e doente do pé.

Achega-te! Vem ver tua loucura de vida,

rasgue teu olho e espalhe o amor

de pequenas coisas doce vida doer!

No fundo, de ti, correm boas e vis águas,

claras e límpidas do teu mundo que vê

homem inacabado, gigante de ter!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 02/11/2016
Reeditado em 02/11/2016
Código do texto: T5810301
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