SODADE (soneto)

Um segundo, não mais que um segundo

o andamento já vivido, num tal lampejo

derretido na lembrança, passado mundo

do tempo no tempo num sucinto cortejo

E neste breve segundo, e tão profundo

o antigo tornou-se não mais que desejo

duma tal recordação, em que me inundo

numa saudade que fala e na alma arpejo

Neste minuto conciso o suspiro oriundo

traz agridoce eternidade... num ensejo

pra amenizar o ser em ser moribundo

E ao final, nesta saudade em manejo

o que teve de valor foi o amor fecundo

que no sentimento... - palpito e adejo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro, 2016 - Cerrado goiano

Vídeo no canal do YouTube:

https://youtu.be/caVz3bJNA9U

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/10/2016
Reeditado em 30/10/2020
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