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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5806690
AVES EM LIBERDADE [717]
Pássaros, ei-los – soltos! – à natura,
e nem careço tê-los em gaiola!
Assim costumo ser, me vem da escola,
talvez até um caldo da cultura.
Louco sou eu, de ter perdido a bola,
se às avezinhas não lhes der soltura;
prendê-las, como dar-lhes sepultura,
esta maldade não me cai, não cola.
Livres, lá no quintal, contemplo aves.
Sanhaços, bem-te-vis, pardais, rolinhas,
estas as mais fiéis; constroem ninhos.
Dou-lhes alpiste, e sem botar entraves:
miséria não pôr água, às manhãzinhas,
àqueles menestréis – os passarinhos.
Fort., 29/10/2016.
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AVES EM LIBERDADE [717]
Pássaros, ei-los – soltos! – à natura,
e nem careço tê-los em gaiola!
Assim costumo ser, me vem da escola,
talvez até um caldo da cultura.
Louco sou eu, de ter perdido a bola,
se às avezinhas não lhes der soltura;
prendê-las, como dar-lhes sepultura,
esta maldade não me cai, não cola.
Livres, lá no quintal, contemplo aves.
Sanhaços, bem-te-vis, pardais, rolinhas,
estas as mais fiéis; constroem ninhos.
Dou-lhes alpiste, e sem botar entraves:
miséria não pôr água, às manhãzinhas,
àqueles menestréis – os passarinhos.
Fort., 29/10/2016.