Irrisória razão...

Ó mundo de sobrados e umbrais!

Spiritus absintados, Orfeu em fúria,

Larápio levado pelas lamúrias...

Outrora, o grito dos egos banais.

Hoje hombre-de-barro, amanhã jamais

Os grandes operários da poesia...

Tirando pó da abóbada da abadia,

Onde pousa o polvo com seus iguais.

Há templo! Pêndulo das palavras!

Dentro desse uni-versus às lavras...

Cheio de mequetrefe e de cafuá.

Neste instante... levianas alegorias,

Mera moldura negra nas galerias...

Donde a razão é uma substância má.

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 29/10/2016
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