- Otário!

Acordar e correr para o trabalho, sua luta diária, até aos sábados.

Levantava às seis horas, o sol estava começando os primeiros raios.

Tomava sua ducha fria, o chuveiro estava com a resistência quebrada.

Iria comprar no fim de semana, qual?! Estava sempre duro...

Pegava na geladeira a marmita que a mulher lhe preparava.

Comida simples, mas gostosa! Pensava ele. Que mulher dedicada!

Tinha uma admiração por aquela que cuidava dele. Sempre telefonava.

Queria saber quando chegaria a casa, falava sempre preocupada!

Era hábito telefonar para casa, trabalhando longe pegava conduções.

Chegava tarde, o arroz já estava frio e a satisfação era a mesma,

Não se importava gostar para ele era a presença da fêmea. Cheirosa!

Ela fazia questão de levantar cedo ir até o portão e ter certeza da ida.

Um dia descobriu que ela batia panela e os rapazes pulavam o muro.

Sentiu-se um verdadeiro marido de bosta, ou seja, “otário”.

Afrânio Peixoto Filho
Enviado por Afrânio Peixoto Filho em 25/10/2016
Código do texto: T5803171
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