SONETO DA DESISTÊNCIA
 
Eu deixei de esperar-te, pois cansada
De tanto aguardar-te, sem sucesso,
Calei a minha voz, triste e abalada
Ao ver-te indo sempre...sem regresso...
 
Eu deixei de esperar... Tempo perverso
Em que sofri a morte antecipada
Daquele sonho bom, ora pregresso,
A alma envilecida e atormentada...
 
Fui-me embora também...Alma arrasada...
Sem cantos, sem amores, sem mais nada
Sem ter valido essa grande paixão...
 
Seguiste, sem retorno, a tua estrada
E enquanto nos perdemos para o Nada
Segui meu rumo... em outra direção....
10/10/2016
 
Ângela Faria de Paula Lima