DESABAFO!

Ando um tanto farta, descrente, cansada

Da futilidade, da arrogância do ser-humano,

Da descrença, do desamor e do autoengano,

Da triste sina na qual se entregam sem pudor

Da falsidade, do falso sorriso entre os lábios,

Dos que se dizem donos da verdade, “sábios”,

Que cantarolam frases feitas e inexpressivas,

Sem amor, respeito ou, palavras mais objetivas,

Criaturas perdidas em si mesmas, sem escrúpulos,

Seres inexpressíveis, cheios de “nada”, minúsculos,

Não se percebem “grandes” na afronta, no desamor

E lá tão distante o poeta tenta, em meio à sua dor,

Amenizar o cansaço, buscando relembrar o amor,

Para que possamos espalhá-lo, seja lá por onde for!

Interação do poeta Fernando A Freire

Ah..., "se todos fossem iguais a você"!... Ser poeta é saber projetar-se sobre outro ser, comunicar-se, mudar o mundo... É isso o que você quer, mas não é isso o que você vê: o egocentrismo, a enganação, a conquista do poder (não para as pessoas, mas sobre as pessoas), o interesse em ter sempre mais prestígio, ágio e sufrágio. O homem se juntando em sociedade a fim de dominar a outra sociedade que está lhe acompanhando ou se formando. O domínio do todo, com o poder de juiz, como se fosse um aprendiz, treinando pra substituir a Deus. Teu soneto, uma indignação, representa o pensar de todo digno cidadão. Muito bom e oportuno. Bravo!

Obrigada caríssimo amigo Fernando

Abraços poéticos pra ti

Dorinha Araújo

Dorinha Araújo
Enviado por Dorinha Araújo em 03/10/2016
Reeditado em 15/12/2017
Código do texto: T5780572
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