DESABAFO!
Ando um tanto farta, descrente, cansada
Da futilidade, da arrogância do ser-humano,
Da descrença, do desamor e do autoengano,
Da triste sina na qual se entregam sem pudor
Da falsidade, do falso sorriso entre os lábios,
Dos que se dizem donos da verdade, “sábios”,
Que cantarolam frases feitas e inexpressivas,
Sem amor, respeito ou, palavras mais objetivas,
Criaturas perdidas em si mesmas, sem escrúpulos,
Seres inexpressíveis, cheios de “nada”, minúsculos,
Não se percebem “grandes” na afronta, no desamor
E lá tão distante o poeta tenta, em meio à sua dor,
Amenizar o cansaço, buscando relembrar o amor,
Para que possamos espalhá-lo, seja lá por onde for!
Interação do poeta Fernando A Freire
Ah..., "se todos fossem iguais a você"!... Ser poeta é saber projetar-se sobre outro ser, comunicar-se, mudar o mundo... É isso o que você quer, mas não é isso o que você vê: o egocentrismo, a enganação, a conquista do poder (não para as pessoas, mas sobre as pessoas), o interesse em ter sempre mais prestígio, ágio e sufrágio. O homem se juntando em sociedade a fim de dominar a outra sociedade que está lhe acompanhando ou se formando. O domínio do todo, com o poder de juiz, como se fosse um aprendiz, treinando pra substituir a Deus. Teu soneto, uma indignação, representa o pensar de todo digno cidadão. Muito bom e oportuno. Bravo!
Obrigada caríssimo amigo Fernando
Abraços poéticos pra ti
Dorinha Araújo