Porque sou poeta

Se palpita o som da chuva

Num estampido de quem

Lambe o vidro de doce de

Leite, talvez o gosto da uva

Ou do suco de caju sem

Muito açúcar tenha um se

Entre as certezas da vida

Escrita, e, sabendo não

Viver, o poeta canta a lida,

Mas é mais sábio o coração

Que usa a ferida do amor

Que tem pelos outros do

Que quem prefere a dor

Feita no mundo de ação nu...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 01/10/2016
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